quinta-feira, agosto 31, 2006

Janis Joplin: Cry Baby


Que dizer sobre esta grande senhora que mereceu o epíteto de "maior cantora branca de blues"? Que dizer quando se ouve alguém a cantar com tanto sentimento que nos toca no mais profundo da nossa alma?
Que dizer quando se ouve alguém a cantar de tal maneira que quando damos por nós temos lágrimas a caírem pela face?
Mais que todas até agora, esta foi a figura que mais me marcou. Quando ouço as suas canções é como se sentisse toda a dor que elas transmitem e a solidão que também tão bem conheço.
E como boa escorpiona que sou, de mim já chega.

Janis Lyn Joplin (19 de janeiro de 1943 - 4 de outubro de 1970)



Simplesmente a maior cantora norte-americana de blues, na minha opinião e na de muita gente, influenciada pelo rock e pelo soul, com uma voz marcante e que também chegou a compor. Joplin lançou quatro álbuns, desde 1967 até o lançamento póstumo do último em 1971.

Janis nasceu no St. Mary Hospital na pequena cidade de Port Arthur, Texas, nos Estados Unidos. Filha de Seth Joplin, um trabalhador da Texaco, tinha dois irmãos mais novos, Michael e Laura. Ela cresceu ouvindo músicos de blues, tais como Bessie Smith, Odetta e Big Mama Thornton e cantando no coro local. Joplin concluiu o curso secundário na Jefferson High School em Port Arthur no ano de 1960, e foi para a Universidade do Texas, na cidade de Austin, onde começou a cantar blues e folk com amigos. Desta época vem a história de ser proclamada vencedora de um concurso universitário "O Homem Mais Feio da Universidade".

Cultivando uma atitude rebelde, ou libertária, como ela se denominava - o movimento women's liberation ainda estava na sua infância - Joplin vestia-se em parte como os poetas da geração beat, em parte como as cantoras de blues que tanto a marcaram. Mudou-se do Texas para San Francisco em 1963, morou em North Beach, Haight-Ashbury e Corte Madera e trabalhou como cantora folk. Por volta desta época o seu uso de drogas começou a aumentar, granjeando-lhe a reputação de "speed freak" e usando ocasionalmente heroína. Este uso de drogas chegou a ser mais importante para ela do que cantar, e arruinou a sua saúde. Além disso, Janis sempre bebeu muito em toda sua carreira, sendo a sua preferida Southern Comfort.

Como muitas outras cantoras desta época, a sua imagem pública diferia em muito da sua verdadeira personalidade. O livro intitulado "Love, Janis", escrito pela sua irmã, fez muito para desmistificar a sua vida e trabalho e revela Joplin como uma mulher muitíssimo inteligente, tímida e sensível, devotada à sua família.

Esta é das músicas que mais gosto dela, aqui numa gravação ao vivo de 1970, muito pouco tempo antes de morrer. Nota-se que já não estava muito bem, mas o sentimento, o "feeling" esse estava lá todo...

Janis Joplin: Cry Baby

quarta-feira, agosto 30, 2006

Free: All Right Now



Os Free foram uma banda cujo nome é indissociável do de Paul Rodgers. O grande sucesso deles foi precisamente "All Right Now", que atingiu os tops internacionais em 1970, tornando-se num hino. Foi nº1 em mais de 20 países e em 1990 foi galardoada pela ASCAP em 1990 por ter atingido mais de um milhão de passagens radiofónicas só nos EUA.

Na altura, os Free e os Led Zeppelin eram as mais importantes bandas britânicas. Os Free lançaram quatro álbuns que atingiram o top 5 e eram considerados os "leaders" da chamada "British blues rock invasion".

A rara combinação de blues, baladas e rock grantearam-lhes reconhecimento internacional e uma multidão de seguidores. O Multi Million Award foi dado a Paul Rodgers no outono de 2000 pela British Music Industry quando "All Right Now" ultrapassou os 2 milhões de audições radiofónicas no Reino Unido. Rodgers posteriormente aos Free formaria outra super banda denominada Bad Company.

"All Right Now" foi lançada no verão de 1970, ficando imediatamente nº1 no Top britânico e 4º no Top dos EUA. "All Right Now" apareceu originalmente no álbum
Fire And Water, que os Free gravaram para a etiqueta Island record label, formada por Chris Blackwell.

Aqui fica uma gravação de 1970 no Festival da Ilha de Wight. Enjoy...

terça-feira, agosto 29, 2006

The Rolling Stones: Sympathy For The Devil


Hoje cabe a vez aos Rolling Stones, uma banda bem antiga mas que ainda hoje dá que falar. Não sou fã, gosto de alguns hits deles, mais nada. Esta é das músicas que mais gosto deles. Sympathy for the devil. Um must...

Mas prontos, aqui vai um bocadinho de história, as usual: os Rolling Stones são uma banda de
rock inglesa formada em 25 de Maio de 1962, e que está entre as bandas mais antigas ainda em actividade. Ao lado dos Beatles, foram a banda mais importante da chamada Invasão Britânica ocorrida nos anos 60, que adicionou diversos artistas ingleses nas paradas norte-americanas. Formado por Mick Jagger, Keith Richards, Brian Jones, Bill Wyman e Charlie Watts, o grupo baseava a sua sonoridade no blues, e surgia como uma opção selvagem e irreverente aos bem-comportados Beatles.

Tudo começou em 1960, quando os dois amigos de infância, Mick e Keith, se reencontraram na estação de comboios de Dartford, Inglaterra, e descobriram um interesse em comum por blues e rock and roll. Em 1962 foram convidados pelo guitarrista Brian Jones a montar a definitiva banda de R&B branca, que se chamaria The Rolling Stones, inspirado no nome de uma canção de
Muddy Waters, Rolling Stone, cujo nome foi utilizado oficialmente, pela primeira vez, na sua apresentação no Marquee Club de Londres em 12 de julho de 1962.

O pianista
Ian Stewart, amigo de Brian, seria o co-fundador da banda, mas porque a sua imagem pessoal não tinha o devido sex-appeal, ele seria rebaixado a gerente de palco, com direito a gravar com a banda mas não a posar como membro. Bill Wyman, que embora já vivesse da noite há muito mais tempo que os demais, seria acrescentado à banda por um motivo fútil: possuía mais de um amplificador. Em Janeiro de 1963, Charlie Watts assumiria definitivamente a bateria. A boa aceitação nas apresentações ao vivo somadas à habilidade promocional do seu empresário, levou a banda a um contrato com a Decca Records (então a piada do ano por ter recusado um contrato com os Beatles). O empresário promove a banda com uma imagem de rebeldes e cria a pergunta: Você deixaria a sua filha casar-se com um Rolling Stone?.

Do álbum Beggar's Banquet (1968) saíram dois dos maiores hits da banda, Jumpin' Jack Flash, que não saiu em single e o controverso Sympathy For The Devil - que Mick disse ter-se inspirado numa visita a um centro de
candomblé na Bahia - música responsável pela maior parte das acusações de satanismo que a banda iria sofrer desde então.

Aqui vos deixo uma versão ao vivo de 1968, ainda eles estavam na sua juventude, bem como uma curiosíssima versão pelos Laibach. Da versão feita pelos Guns'n'Roses desta música não encontrei vestígios. Pena... Mas esta é outra das músicas que todas as bandas tocam, seja em garagens, seja em espectáculos ao vivo, portanto tem montes de covers. Basta procurar-se na net...

Como curiosidade, uma versão bem feminina deste sucesso pode ser encontrada
AQUI. Fãs ou não, vão ver que vale a pena.



segunda-feira, agosto 28, 2006

The Who: Behind Blue Eyes


Os The Who são uma banda de rock britânica surgida nos anos 60. A evolução musical do grupo culminou numa fase de grande sucesso na década de 70. Após um período inactivo entre os anos 80 e 90, os The Who retornaram aos palcos e, apesar da perda de dois dos seus integrantes originais, continuam a apresentarem-se esporadicamente.

Os The Who são considerados uma das maiores bandas ao vivo do rock 'n' roll de todos os tempos. Conhecidos pelo dinamismo das suas apresentações e pela sua música reflectiva e cheia de influências artísticas, são também considerados pioneiros do rock, popularizando entre outras coisas a
ópera rock (principalmente com Tommy) sob a liderança de Pete Townshend. Os seus primeiros álbuns mod, cheios de curtas e agressivas canções pop, os distintos power chords de Townshend e temas recorrentes de rebelião juvenil e confusão sentimental, foram influências primordiais no surgimento do punk rock e do power pop. No princípio de sua carreira a banda ficou conhecida por rebentar completamente os seus instrumentos no final dos shows (especialmente Townshend, cuja destruição de guitarras tornar-se-ia um clichê do rock, e o infame e alucinado Keith Moon, mandando seu kit de bateria pelos ares).

A formação clássica consistia de:
Pete Townshend - Guitarra, guitarra acústica, piano & sintetizador em gravações de estúdio
Roger Daltrey - vocais, gaita de beiços (harmonica)
Keith Moon - Bateria, percussão
John Entwistle - Baixo, instrumentos de sopro

A era clássica dos The Who (e segundo alguns a própria banda), terminou em 1978 com a morte do inimitável Keith Moon.

"Behind Blue Eyes" é uma canção da autoria de Pete Townshend para um seu nunca acabado projecto denominado
Lifehouse. Apareceu inicialmente no álbum dos The Who's de 1971, Who's Next, juntamente com outras retiradas também do abortado projecto.

A versão de "Behind Blue Eyes" do Who's Next é na realidade a segunda que gravaram; a versão anterior aparece como bonus track na edição remasterizada em CD, que conta com
Al Kooper a tocar Hammond Organ.

Foram feitas versões de "Behind Blue Eyes" por
Ian Stuart Donaldson, Vanessa Petruo e Jon English, pelo menos. Os Limp Bizkit fizeram um cover para o seu álbum Results May Vary, usada também no filme Gothika. O vídeo desta versão foi dirigido por Fred Durst, aparecendo nele Halle Berry, a estrela do filme.

É esta que lhes deixo aqui hoje, numa gravação ao vivo de um concerto arranjado por George Harrison e que ficou conhecido por "Concert for the people of Kampuchea". Segue-se a versão dos Limp Bizkit e outra ao vivo por Vanessa Petruo. Jinhos


The Who

Limp Bizkit

Vanessa Petruo

domingo, agosto 27, 2006

Os filmes da minha vida 2: The Thing



Este é outro dos filmes que eu considero serem da minha vida. Confesso, sou fã de John Carpenter. Gosto muito da sua imaginação e da sua maneira de realizar os filmes. Além de que gosto bastante também da música que ele faz para os seus filmes. Bem, pelo menos gosto da maioria dos seus filmes e das bandas sonoras.

John Carpenter's The Thing é uma remake de um filme de
Howard Haws intitulado The Thing from Another World feito em 1951 baseado na "short story" de John W. Campbell, Jr "Who Goes There?". A versão de John Carpenter, de 1982, é mais fiel ao conto que a primeira. O principal papel foi dado a Kurt Russell, um dos actores fetiche do realizador.

A banda sonora da película, apesar de ser hábito John Carpenter compôr as músicas dos seus filmes, sozinho ou em parcerias, é da autoria de Ennio Morricone, que curiosamente e apesar de ter feito bandas sonoras de inúmeros filmes bem famosas (A Fistful of Dollars, Once Upon a Time in the West, Once Upon a Time in America ou The Mission) conseguiu com esta ser nomeado para os Razzie Awards (que premeiam os piores) como a pior banda sonora do ano.

Carpenter considera este filme como a primeira parte da sua Apocalypse Trilogy, juntamente com
Prince of Darkness, de 1987 e In the Mouth of Madness de 1995. Este filme foi nomeado pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, USA para os prémios de Melhor Filme de Terror e Efeitos Especiais pelo trabalho de Rob Bottin. Saiu uma edição de coleccionador The Thing (Collector's Edition) na qual nunca consegui meter as mãos e da qual só sei que vem com entrevistas, filmagens dos bastidores e do filme, mas parece que não traz novas cenas.

Embora não seja grande fã de filmes de terror, gosto deste pela mistura de suspense e de ficção. Divirtam-se... ou como diria Lauro Dérmio "Letz luk éte da traila"


sábado, agosto 26, 2006

Pink Floyd: One Of These Days


Os Pink Floyd não editaram nenhum álbum de originais desde The Division Bell de 1994, e não tendo a banda acabado oficialmente, também não se vislumbram sinais de um novo álbum. A actividade da banda desde essa data foi a edição do álbum ao vivo P-U-L-S-E em 1995, uma versão ao vivo de The Wall, compilada dos concertos de 1980 e 1981, com o título de Is there anybody out there em 2000, um Greatest Hits duplo chamado Echoes em 2001, a reedição em 2003 de The Dark Side of the Moon, comemorativo do 30º aniversário de lançamento do disco e a reedição de The Final Cut com o single When the Tigers Broke Free adicionado em 2004.

O álbum Echoes causou alguma controvérsia devido ao facto de músicas se seguirem umas às outras continuamente numa ordem diferente da dos álbuns originais e de algumas terem sido cortadas substancialmente, como Echoes, Shine On You Crazy Diamond e Marooned.

David Gilmour editou um concerto em DVD a solo com o título David Gilmour in Concert que saiu em novembro de 2002 compilado de espectáculos ocorridos no The Royal Festival Hall em Londres entre 22 de junho de 2001 e 17 de janeiro de 2002. Rick Wright aparece como convidado.

O baterista Nick Mason publicou em 2004 um livro sobre a banda, Inside Out: A Personal History of Pink Floyd. O livro não é uma biografia definitiva do grupo, e sim uma visão pessoal das experiências vividas por Mason dentro do Pink Floyd.

Apesar de correrem rumores de que os três Floyd restantes estariam em estúdio a gravar novo material, não existem dados oficiais que permitam corroborar esses rumores. Devido ao facto de os membros da banda terem andado a trabalhar noutros projectos e à morte do empresário de longa data, Steve O’Rourke em 30 de outubro de 2003, o futuro da banda é agora incerto.

Em 2 de Julho de 2005 os Pink Floyd apresentaram-se no concerto Live 8 no Hyde Park em Londres, um já tradicional evento beneficiente que reúne diversas estrelas da música, idealizado e organizado por Bob Geldof. Reuniram-se Roger Waters, David Gilmour, Nick Mason e Richard Wright. Foi o primeiro concerto com os quatro membros em 24 anos. O último show da banda com Waters aconteceu no Earls Court em Londres em 1981.

Após cerca de 30 anos de desavenças, Waters e Gilmour cantaram em uníssono We're just two lost souls swimming in a fish bowl, year after year, running over the same old ground. What have we found? The same old fears, wish you were here. Além de Wish You Were Here foram tocadas Breathe/Breathe Reprise, Money e Comfortably Numb. Os Pink Floyd foram acompanhados pelo guitarrista Tim Renwick, o teclista Jon Carin, o saxofonista Dick Parry e a vocalista Carol Kenyon.

Esta é do Live at Pompeii...

sexta-feira, agosto 25, 2006

Pink Floyd - High Hopes


1983 assistiu à edição de The final cut, disco dedicado ao pai de Waters, Eric Fletcher Waters. Com um tom ainda mais obscuro que The Wall, este álbum voltou à carga com muitos dos temas do álbum anterior, acrescentando alguns mais actuais, incluindo a revolta de Waters pela participação britânica na Guerra das Malvinas (The Fletcher Memorial Home) , o cinismo e o medo da guerra nuclear (Two Suns in the Sunset) e o capitalismo, na faixa Not Now John. A ausência de Wright implicou a falta dos efeitos dos teclados vistos nos álbuns anteriores. Apesar de ter sido editado como sendo um álbum dos Pink Floyd, o projecto era claramente dominado por Waters, podendo inclusivamente ler-se na capa interior que o projecto era da autoria de Roger Waters, tocado pelos Pink Floyd; este álbum tornou-se o protótipo de som e forma para os projectos a solo de Roger Waters. Tendo apenas um sucesso moderado, seguindo o padrão dos Pink Floyd, o álbum apenas teve êxito na rádio com o single Not now John. As discussões entre Waters e Gilmour nesta altura seriam tão graves, que havia rumores que estes nunca mais tinham sido vistos ao mesmo tempo no estúdio, que não iria haver digressão e que a banda oficiosamente tinha acabado em 1983.

Após The Final Cut, os membros da banda seguiram caminhos separados, tendo cada um lançado álbuns a solo, até que em 1987, David Gilmour e Nick Mason fizeram renascer a banda.

Sucede-se então uma áspera disputa legal com Roger Waters, que tinha deixado o grupo em 1985, mas Gilmour e Mason conseguem ganhar o direito legal de lançar um álbum com o nome dos Pink Floyd (Waters contudo ganhou os direitos a algumas das imagens tradicionais dos Floyd, incluindo a quase totalidade dos personagens de The Wall e todos os direitos sobre The Final Cut). Richard Wright juntou-se ao grupo durante as gravações de A momentary lapse of reason como músico de estúdio, pago semanalmente. Para todos os efeitos, Wright foi integrado como membro de pleno direito da banda quando do lançamento de The division bell em 1994 e na digressão subsequente.

Todos os elementos dos Pink Floyd editaram álbuns a solo que conheceram os mais variados graus de sucesso tanto crítico como comercial. Amused to Death de Waters foi especialmente bem recebido pelos críticos.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Pink Floyd: Dogs


O álbum The Dark Side of the Moon e os três álbuns seguintes (Wish You Were Here, Animals e The Wall) são eleitos por muitos fãs como o pico da carreira dos Pink Floyd. Wish you were here, lançado em 1975, é um álbum sobre o tema da ausência. O álbum incluía Shine on You Crazy Diamond, uma faixa bastante aclamada pela crítica, dividida em nove partes e com longos trechos instrumentais, era um tributo de Roger Waters para Syd Barrett, em que os versos falavam explicitamente das consequências do seu esgotamento.

Quando do lançamento de
Animals, em 1977 a banda foi acusada por alguns sectores da crítica, da esfera do punk rock, que a sua música se tinha tornado flácida e pretensiosa, afastando-se da simplicidade do rock and roll dos primeiros tempos. O álbum continha músicas mais extensas e baseadas no livro Animal Farm (O Triunfo dos Porcos em Portugal) de George Orwell, que usava porcos, cães e carneiros como metáforas para caracterizar a sociedade contemporânea. Animals era um álbum mais à base de guitarras do que os anteriores e marcou o despertar das tensões entre Roger Waters e Richard Wright.

Em
1979, foi lançada a Ópera rock épica The wall, concebida quase na totalidade por Waters, e que deu aos Pink Floyd uma renovada aclamação e mais um single de êxito com a sua incursão na crítica da pedagogia – Another Brick in the Wall, Part II. Incluía também Confortably Numb que apesar de nunca ter sido editado em single, se tornou num clássico das rádios e é hoje uma das suas músicas mais conhecidas. É também a única música dos primeiro quatro álbuns conceituais a não ter seguimento nem no princípio nem no fim. Este álbum tornou-se bastante caro; os espectáculos deram prejuízo, mas devido ao grande número de vendas conseguiu tirar a banda do buraco financeiro em que se encontrava. Durante este tempo, Waters aumentou a sua influência artística e liderança do grupo, causando conflitos frequentes com os outros membros, tendo, inclusivamente, despedido Wright apesar de este ter sido contratado para tocar nos poucos espectáculos que a banda realizou. Ironicamente, Wright foi, por isso, o único Floyd a ganhar algum dinheiro com os espectáculos, tendo os outros que arcar com o prejuízo do elevado custo de produção. O álbum foi co-produzido por Bob Ezrin, um amigo de Waters com quem escreveu a faixa The Trial. No entanto Ezrin também foi afastado após ter inadvertidamente falado com um jornalista seu familiar sobre o álbum.

The Wall permaneceu na lista dos álbuns mais vendidos durante 14 anos. Um filme protagonizado por
Bob Geldof, fundador dos Boomtown Rats, adaptado em 1982, escrito por Waters e realizado por Alan Parker, continha animações criadas por Gerald Scarfe, notável cartoonista britânico e colaborador de longa data dos Pink Floyd. Com a criação do filme, assistiu-se à deterioração da relação Waters/Gilmour devido ao monopólio exercido por Waters na banda.
Com vocês, Dogs do álbum Animals...

quarta-feira, agosto 23, 2006

Pink Floyd: Astronomy Domine; See Emily Play; Set The Controls For The Heart Of The Sun


Desta vez é mesmo uma das bandas da minha vida: os Pink Floyd. Formaram-se em 1964 a partir da usual evolução de bandas anteriores em Inglaterra.

Por sugestão de Syd Barret, começaram por se chamarem The Pink Floyd Sound, em homenagem aos músicos de
blues Pink Anderson e Floyd Council e, mais tarde, quando do lançamento do seu primeiro álbum, apenas como The Pink Floyd . O The foi esquecido alguns álbuns depois, fixando o nome da banda definitivamente como Pink Floyd.

Inicialmente eram formados por
Bob Klose (guitarra solo), Syd Barrett (voz e guitarra ritmo), Richard Wright (teclas e voz), Roger Waters (baixo e voz) e Nick Mason (bateria), e tocavam covers de êxitos do rhythm'n'blues.




À medida que Barrett começou a compor músicas mais influenciadas pela surf music americana, pelo rock psicadélico e pela literatura inglesa, marcadas pela extravagância e humor, Bob Klose, orientado para um jazz mais sério, saiu, deixando a banda limitada a quatro elementos que, juntamente com os seus empresários, Peter Jenner e Andrew King formaram uma sociedade, a Blackhill Enterprises.


Em 1968, o guitarrista e vocalista David Gilmour juntou-se à banda para substituir Syd Barrett, cuja saúde mental se deteriorava diariamente devido a um exagerado consumo de drogas (LSD). Mesmo assim, mantinha-se como a principal figura e compositor da banda. Com o comportamento de Barrett a tornar-se cada vez menos previsível, os espectáculos da banda tendiam a desmoronar-se, até que os restantes elementos deixaram simplesmente de o levar para os concertos.

Com a partida oficializada de Barrett, Peter Jenner e Andrew King, que apostavam na sua genialidade, decidiram ficar com ele, pondo fim à sociedade Blackhill Enterprises. Apesar de ter sido Barrett a escrever a maior parte do primeiro álbum,
The piper at the gates of dawn (1967), a sua contribuição para o segundo, A saucerful of secrets (em 1968, já com a participação de Gilmour), foi de apenas uma música (Jugband Blues, a última do álbum).

Em
1969 os Pink Floyd lançam dois álbuns. Primeiro a banda sonora do filme More, logo seguido pelo duplo álbum Ummagumma. Este último, em parte gravado no Mothers Rock Club em Birmingham e outra parte em Manchester, foi composto por uma mistura de gravações ao vivo e de experiências de estúdio feitas pelos membros da banda, em que cada um gravou metade de um lado de um álbum de vinil como um projecto a solo (tendo a mulher de Mason contribuído anonimamente como flautista).

Em
1970 é lançado o álbum Atom heart mother que chega ao topo de vendas no Reino Unido. Álbum de algum modo datado, foi descrito por David Gilmour como sendo o som de uma banda desatinando no escuro. A faixa que dá nome ao álbum fica a dever muito à excelente orquestração de Ron Geesin.

O som da banda era consideravelmente mais objectivo em
Meddle (1971), que incluía o épico de 23 minutos Echoes. O álbum incluía também One of these days (um clássico sempre presente nos concertos da banda, com uma voz distorcida de Nick Mason, numa letra de apenas uma frase, “One of these days I’m going to cut you into little pieces”, e San Tropez, com o seu estilo pop-jazz. O seu gosto pelo experimentalismo ficou expresso em Seamus (antes intitulada Mademoiselle Nobs), uma faixa de blues puro em que a vocalização principal é feita por um lobo da Alsácia.

Um álbum menos conhecido,
Obscured by clouds, foi lançado em 1972 como a banda sonora do filme La Vallée (O Vale dos Perdidos, em Portugal) e foi o primeiro álbum da banda a chegar ao top 50 dos Estados Unidos da América.Destaque para as faixas Mudmen e Childhood's end.

Apesar de ser um grupo que nunca teve êxito com os singles,
The dark side of the moon, álbum de 1973, conseguiu colocar a faixa Money no Top 20 americano, e mais importante ainda o facto deste álbum se ter mantido no Top 100 durante mais de uma década, quebrando uma série de recordes e tornando-se um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos. Tratou-se de um álbum conceptual que lidava de temas como a loucura, a neurose e a fama, e que devido ao uso do novo equipamento de gravação de 16 faixas do estúdio de gravação Abbey Road Studios e ao grande investimento de tempo por parte do engenheiro de som Alan Parsons, estabeleceu novos padrões para a fidelidade do som.

E por agora chega de história. Já toda a gente sabe quem são, são mais que sobejamente conhecidos, e isto é só um pequeno lembrete que aqui lhes deixo. Fiquem então com uma gravação dos Pink Floyd em 1968 na BBC, já com David Gilmour e sem Syd Barrett. Enjoy...


terça-feira, agosto 22, 2006

Creedence Clearwater Revival: Proud Mary


Os Creedence Clearwater Revival foram desde sempre considerados uma banda de rock do pântano, pois, embora fossem da California, eram muito influenciados pelo tipo de blues da Louisiana do Sul dos finais dos anos 50 até meio dos 60.

Começaram nos finais dos anos 50 com o nome The Blue Velvets, com John Fogerty, Doug Clifford, e Stu Cook , como um trio instrumental. Em 1959 Tom Fogerty entrou para a banda como vocalista. A partir dai a banda ficou assim:

John Fogerty – vocalizações, guitarra, harmonica, piano, órgão
Tom Fogerty – guitarra, vocalizações
Stu Cook – baixo, vocalizações
Doug Clifford – bateria, percussões, vocalizações ocasionais

Eventualmente John Fogerty tomou o controle da banda, escrevendo a maior parte do material e tornando-se o vocalista principal. O primeiro álbum como Creedence Clearwater Revival foi lançado em 1968. Uma versão de um clássico do "Swamp rock" de Dale Hawkins, "Susie Q.", tornou-se no primeiro grande sucesso em single (a canção foi depois incluída no filme Apocalypse Now).

Em 1969, a banda começou verdadeiramente a encontrar-se; "Proud Mary", do álbum Bayou Country tornou-se no segundo single a obter grande sucesso, tendo sido também um grande sucesso para Ike and Tina Turner.

É esta, vinda ainda dos meus tempos de rádio e também dos singles e lp's, que lhes deixo aqui hoje, na versão original, na versão de Ike & Tina Turner, na versão cantada por Beyonce num tributo a Tina Turner, e numa versão cantada pelo mítico Elvis Presley.

Divirtam-se...

Creedence Clearwater Revival

Ike & Tina Turner

Beyonce

Elvis Presley

segunda-feira, agosto 21, 2006

The Beatles: Love Me Do


Os Beatles foram e são uma referência a nível musical em todo o mundo. Começei a ouvi-los na rádio, obviamente, e só muito tempo depois é que comprei uma colectânea deles. Embora gostasse dos hits, nunca foram um dos grupos da minha vida ao contrário, por exemplo, dos Pink Floyd ou dos Hawkwind.

Love me do foi a primeira canção a ser lançada oficialmente pelo grupo em Outubro de 1962 na Inglaterra, sendo o lado B "PS I love you".

A música foi composta por John Lennon e Paul McCartney. As vocalizações foram feitas por ambos com George Harrison no coro, embora em alguns momentos da música se destaque mais a voz de Paul McCartney . Atingiu o décimo sétimo lugar nos tops britânicos após o seu lançamento. Em 1964, nos Estados Unidos, atingiu o primeiro lugar nos tops.

"Love me do" foi gravada em três vezes diferentes e com bateristas diferentes:
A primeira gravação foi feita em 6 de Junho de 1962 com
Pete Best e foi lançada no álbum Anthology 1.
A segunda em 4 de Setembro do mesmo ano com
Ringo Starr na bateria, sendo lançada nos álbuns Past Master I e The Beatles One.
A terceira versão a 11 de Setembro com
Andy White na bateria e Ringo tocando tamborim e foi lançada no álbum Please Pelase me.

Sobre os Beatles não vale a pena dizer mais nada, são sobejamente conhecidos e a net está a abarrotar de informações sobre eles. Assim, mais vale ouvirem e verem esta antiguidade clássica e aproveitar para ficarem a conhecer como eram realizados os videoclips na época...

domingo, agosto 20, 2006

Os filmes da minha vida 1: Alien



Desta vez não é de música que lhes falo, mas sim, dos meus gostos cinematrográficos. Não vão aparecer por ordem nem em dias específicos, mas conforme me lembrar e/ou apetecer. E vou começar por um dos que mais gostei como fã acérrima da chamada sci-fi (Tenho a colecção Argonauta completa até ter ficado sem emprego, lol). Alien, o 8º passageiro.


Considero este filme um dos suprasumos até agora, apesar de já ter uns anitos. A ideia do ser extraterrestre com ácido em vez de sangue (imaginem o planeta de onde viria, com predadores para o caçarem), o suspense conseguido neste filme, verdadeiramente digno de um Hitchcock, uma realização impecável, interpretações muito bem conseguidas (também com a qualidade dos actores...) fazem deste um dos filmes da minha vida.


A 20th Century Fox lançou o ALIEN original em Maio de 1979. A película foi saudada por críticos e pelas audiências mundiais como um excelente trabalho de ficção científica, e facturou, por alto, cerca de 100 milhões de dólares a nível mundial, um número notável durante para essa altura. O êxito da película trouxe prestígio para o estúdio, tendo sido realizados até à data mais três filmes da saga: em 1986, 1992 e 1997.


ALIEN lançou a carreira de Sigourney Weaver, cuja personagem Ellen Ripley se tornou numa das primeiras e mais duradouras heroínas deste género cinematográfico.
O filme contou ainda com as presenças de Tom Skerritt, Veronica Cartwright, Harry Dean Stanton, John Hurt, Sir Ian Holm e Yaphet Kotto. Os produtores foram Gordon Carroll, David Giler e Walter Hill, e o argumento foi escrito por Dan O'Bannon baseado numa história de O'Bannon e Ronald Shusett.




Trabalhando em conjunto com a Twentieth Century Fox, o realizador Ridley Scott supervisionou o restauro do negativo original do filme, bem como dos melhoramentos digitais. Além disso, Scott e a sua equipa de arquivadores reviram mais de 100 caixas de filmagens, que não foram vistas em quase 25 anos, as quais foram descobertas em Londres. Desta riqueza de material, Scott seleccionou novas cenas para um filme "Director's Cut", que foram então restauradas digitalmente, e inseridas no recentemente "polido" negativo do ALIEN original. Esta versão inclui uma nova mistura stereo digital de seis pistas.


Apreciem o trailer original deste excelente e assustador filme.


sábado, agosto 19, 2006

Tom Jobim: Águas de Março


Nos antigos tempos de rádio, a música brasileira já ocupava uma parte significativa das programações, embora não tanto como agora. A maior parte ainda era música portuguesa. No entanto, muitas das minhas recordações vêm do Brasil, ou mais própriamente da mpb. Muitas das músicas que ouvia ficaram-me para sempre no ouvido, sendo hoje clássicos.
Aqui lhes deixo um deles em 3 vídeos. Data de 1972, ano em que Tom Jobim compôs uma das mais belas composições brasileiras, "Águas de Março". O primeiro é com Tom Jobim e a grande Elis Regina, no segundo canta Elis sozinha, e o terceiro uma versão de Sandy e Júnior.
Com vocês as "Águas de Março". Que as lágrimas aflorem seus olhos como fazem aos meus sempre que oiço estas verdadeiras pérolas musicais da humanidade...






sexta-feira, agosto 18, 2006

Steppenwolf: Born to Be Wild


No caótico mundo do rock'n'roll, onde a vida da generalidade das bandas mede-se em termos de poucos anos ou mesmo poucos meses, John Kay e os Steppenwolf emergiram como uma das bandas mais duradouras e respeitadas, oferecendo uma música bem forte e personalizada por mais de 3 décadas.




Crescendo em Hannover na Alemanha Ocidental, John foi profundamente influenciado pelo rock 'n' roll americano que ouvia na U.S. Armed Forces Radio. Embora não falasse inglês na altura, a energia primária da música ouvida tocou-lhe bem fundo dando-lhe um ideal de liberdade pessoal bem como um interesse crescente na cultura americana. Em 1958, o teenager emigrou com a sua mãe e o seu padrasto para Toronto, abrindo-se uma nova realidade para ele.

Em 1967, Kay encontrava-se em Los Angeles, onde o produtor da ABC-Dunhill Records, Gabriel Mekler, o encorajou a formar uma banda para gravar para a sua etiqueta. Com essa finalidade, o cantor realistou o baterista Jerry Edmonton e o teclista Goldy McJohn que tinham tocado com ele numa banda antiga, os Sparrow, e recrutou um prodigioso e promissor guitarrista de 17 anos, Michael Monarch e o baixista Rushton Moreve. A nova banda foi baptizada de Steppenwolf, título de um mistico conto de Hermann Hesse.

"Born to Be Wild"-escrita pelo ex-Sparrow Dennis Edmonton, aka Mars Bonfire-tornou-se no primeiro grande hit dos Steppenwolf, a canção tornada proeminente pela participação na banda sonora do filme Easy Rider (juntamente com um cover também do seu primeiro álbum, Steppenwolf, de uma música anti drogas de Hoyt Axton "The Pusher"), cimentando imediatamente o estatuto dos Steppenwolf como ícones de contracultura.

É este tema de 1968, tinha eu 10 anos, que vos deixo aqui, bem como algumas (poucas, 5) das covers que foram feitas deste hino, por grandes bandas de renome como The Doors, Bruce Springsteen, David Bowie, Iggy Pop, Blue Oyster Cult entre outras que tornariam esta lista demasiado extensa.

Primeiro o original pelos Steppenwolf:



A versão dos Slayer:


A versão de Dana Andrews:


A versão pelos Slade:


Finalmente, a versão de Kim Wilde:

quinta-feira, agosto 17, 2006

Roberto Carlos: Quero que vá tudo pro inferno

Esta vem ainda dos tempos em que não tinha nem gira-discos nem televisão. Era uma das que passavam na rádio, nos programas que a minha avó ouvia tipo 'quando o telefone toca'. O intérprete é sobejamente conhecido ainda hoje em dia, portanto dispensa apresentações. Esta vem mesmo do fundo do baú numa gravação de 1967 para uma TV Brasileira... Curiosamente, há pouco tempo ouvi na rádio um cover desta mesma música pelos GNR. Infelizmente não consegui encontrar em vídeo esta versão.

terça-feira, agosto 15, 2006

Slade: Lock Up Your Daughters


Os anos 90 viram a canção "Radio Wall Of Sound" atingir o Top-30 britânico e assim dar aos Slade uma permanência de 20 anos nos tops!
Os Slade continuaram com as tournés pelo mundo. São presença constante nos festivais germânicos e todos os anos fazem uma tourné denominada "Merry Xmas Everybody" na Grã-Bretanha em Dezembro. Continuam com uma massiva horda de fãs e tocam regularmente na
Russia, Polónia, Belgica, Holanda, Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlandia, França e na República Checa.
Ainda hoje os Slade são uma das mais excitantes bandas ao vivo com a sua performance dinâmica e poderosa de um rock'n'roll puro e inadulterado.

Slade: Gudbye T' Jane

Não contentes com o sucesso do seu Glam rock e não querendo dormir sobre os louros alcançados, os Slade começaram a forjar um caminho próprio no forte panorama do British heavy rock. Uma segunda bem sucedida aparição em Castle Donnington em 1981, perante uma multidão de cerca de 200 000 pessoas, consolidou a posição da banda e abriu caminho ao single "Lock Up Your Daughters", seguido pelo álbum "Til Deaf Do Us Part".

domingo, agosto 13, 2006

Slade: Cum On Feel The Noize


No início dos anos 80, os Slade foram convidados para aparecerem no Reading Rock Festival, um evento anual que atrai cerca de 100,000 pessoas. Literalmente eles roubaram o show, dando uma lição a algumas das maiores bandas de rock e interessando muitos novos fãs. Como resultado imediato, a banda assinou um novo contracto e compôs um novo êxito: "We'll Bring The House Down", que atingiu o Top-10 no reino Unido em Janeiro de 1981. Os Slade estavam de volta!

sábado, agosto 12, 2006

Slade: Mama Weer All Crazee Now


Através dos anos, os Slade tornaram-se numa das maiores bandas Europeias, com tournés contínuas bem como gravando discos e fazendo visitas regulares aos EUA, Japão e outras partes do mundo. O catálogo de hits dos Slade é demonstrativo da época: "Take Me Bak 'Ome", "Mama Weer All Crazee Now", "Cum On Feel The Noize", "Gudbye T' Jane", juntamente com muitas outras dá uma imagem da "Glam Generation" e ainda hoje os Slade são bem representados em qualquer retrospectiva da época.
A música que lhes apresento hoje teve pelo menos duas covers, uma pelos Quiet Riot e outra pelas Runaways. Para quem quiser e a título de curiosidade, ficam aqui as 3 versões.
Primeiro o original dos Slade


Depois a versão dos Quiet Riot


Depois a versão das Runaways


sexta-feira, agosto 11, 2006

Slade: Get Down And Get With It


Hoje mostro outro dos meus grupos favoritos da época dos 15 anos, os Slade. Ao mesmo tempo que era fã de Suzy Quatro, foi também com os Slade que começei a ouvir música fora do circuito de rádio da época.

A carreira dos Slade alcançou 3 décadas e as suas canções mais duradouras "Cum On Feel The Noize" e "Coz I Luv You" ainda são utilizadas hoje em dia em spots comerciais de TV para algumas das maiores companhias mundiais.

Os SLADE iniciaram-se na estrada em 1966, visitando toda a Grã-Bretanha e Europa e os seus convertos tornam-se uma atracção regular. Associando-se com o anterior baixista dos Animais e gerente da banda Jimi Hendrix Experience , Chas Chandler, os Slade alcançaram o seu primeiro hit maio de 1971 com a canção de Bobby Marchan "Get Down And Get With It" e, em Outubro do mesmo ano "Coz I Luv You" era a sua primeira canção a atingir o Nº1 e um gigantesco sucesso pela Europa.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Suzi Quatro - Devil Gate Drive


Pelos finais dos anos 70 e início dos 80 a sua música amadureceu para um estilo ligeiramente diferente mas ainda rock, com canções como 'SHE'S IN LOVE WITH YOU', 'MAMA'S BOY', 'IF YOU CAN'T GIVE ME LOVE', 'RACE IS ON' e o seu primeiro nº1 nos EUA, 'STUMBLIN IN'.

A sua habilidade de representar foi usada nos anos 80 como convidada em séries televisivas britânicas como 'Minder' e 'Dempsey and Makepiece'. Em 1982 Suzi grava o seu álbum MAIN ATTRACTION, enquanto estava grávida, o que influenciou a sua música.

Os anos 90 trouxeram um som mais musical para Suzi. Tournés foram lançadas na Europa, Japão e Australia e, pela primeira vez, foi possível comprar vários álbuns de Suzi relançados em CD.

Em 1992 Suzi e o seu marido de há 16 anos decidem divorciar-se. Um triste ano para Suzi em que perde a sua mãe, Helen Quatro, bem como a sua sogra. Suzi, sendo uma sobrevivente, cura as suas feridas trabalhando, fazendo mais tournés e escrevendo mais canções, entre as quais, uma das melhores canções escrita por ela própria, 'AND SO TO BED'.

A última notícia que tenho dela data de 2003 ano em que realizou mais uma tourné, a 20ª na Austrália, de nome "Rock Hard" tour, onde mostrou algumas novas canções bem como os antigos hits.

O vídeo que apresento não foi gravado nas melhores condições, tanto de imagem como de áudio, mas como canção emblemática foi o único que arranjei.



Como curiosidade deixo ainda aqui um vídeo de uma representação, penso que Australiana de um show de travestis (ou Drag Queens whatever) com esta música


quarta-feira, agosto 09, 2006

Suzi Quatro: 48 Crash


Curiosamente, depois de Suzi ter chegado a Londres armada com uma mala e uma guitarra-baixo e de passar 2 anos a escrever canções e a gravar, saiu o seu primeiro single, Rolling Stone, que foi um flop em todo o lado menos em Portugal, onde atingiu um surpreendente 1º Lugar em 1972.

Mickie Most, o dono da RAK, etiqueta para onde ela gravava, tinha contratado então dois autores, Mick Chapman e Nicky Chinn, que escreveram o primeiro grande sucesso que foi Nº1 no Reino Unido, Japão, Europa e Australia: Can the Can.

Suzi estava então a tornar-se famosa pela sua aparência sempre de cabedal e pelo seu rock "streetwise", gravando então muitos êxitos como '48 CRASH', 'DAYTONA DEMON', 'THE WILD ONE', 'TOO BIG' e aquele que se tornou o seu hino, 'DEVIL GATE DRIVE' .


terça-feira, agosto 08, 2006

Suzi Quatro - Can the Can


Suzi Quatro remonta à altura em que deixei de só ouvir músicas na rádio nos postos que a minha avó gostava, e começei na minha busca pessoal de um estilo com que me identificasse. Data de 1973, estava eu com 15 anos (lol).
Susan Kay Quatro nasceu a 3 de Junho de 1950 em Detroit, EUA. Depois de passar por várias bandas com as suas irmãs ao longo dos Estados Unidos no final da década de 60, em 1971 Suzi foi viver e trabalhar para Inglaterra. Suzi atingiu sucesso musical e tornou-se na primeira artista rock feminina com um conjunto de hits número 1 através dos anos 70 e inícios dos 80.

segunda-feira, agosto 07, 2006

"Welcome to my nightmare..."

Desde que descobri o YOUTUBE.COM que uma ideia começou a germinar na minha cabeça: fazer um blog onde postasse os vídeos musicais que me acompanharam desde a minha infância/adolescência até agora.
Assim, desde hoje passa a existir mais um blog neste universo virtual. Será, à priori, totalmente dedicado à minha evolução musical. Como os meus gostos abrangem um vastíssimo leque de estilos, penso que não me faltarão "munições" para ir postando regularmente.
Não é minha intenção fazer deste blog mais um blog activista, nem faço tenções de escrever muito (ou pouco) sobre mim. Sou muito reservada e tímida para isso, como quem frequenta o meu outro blog o saberá muito bem. A ideia subjacente será mais um historial da minha vida mas em termos musicais.
Sempre fui muito ligada à música, e mesmo durante a minha adolescência e por alguns anos, foi mesmo o meu único amor. Por isso aprendi a tocar baixo e sintetizador, dois dos instrumentos que mais me atraíram.
Nas voltas e reviravoltas da vida, tive de me despedir do baixo (Aria Pro II), do amplificador (Furacão), da coluna e do sintetizador (Yamaha). Mas o bichinho musical ficou cá sempre.


Sejam bem vindos amantes de música, saudosistas e curiosos:
WELCOME TO MY NIGHTMARE... AHAHAHAHAH (título de uma música de Alice Cooper).