terça-feira, novembro 28, 2006

The Doors - The End


Os The Doors foram uma banda rock norte-americana formada em 1965 em Los Angeles. A sua música incluía letras (poemas) social, psicologica e politicamente influenciados pela personalidade do seu vocalista, Jim Morrison 'O Rei Lagarto'. O drumming preciso de John Densmore, o órgão e baixo órgão de Ray Manzarek (os Doors não tinham baixista, era Manzarek que tocava as partes de baixo no órgão), e o estilo inovador de guitarra de Robby Krieger, que combinava influências de flamenco, jazz, índio, blues e música clássica, tudo junto com a voz de Morrison, possuidor de uma vocalização expressiva, formava um som distinto.

A banda retirou o seu nome do título de um livro de Aldous Huxley, As Portas da Percepção (The Doors of Perception), emprestado de uma linha de poesia pelo poeta do século 18 William Blake: "Se as portas da percepção fossem limpas, cada coisa apareceria ao homem como é: infinita".

Os Doors eram um grupo fora do comum pois não tinham baixista nos concertos. Em vez disso, Manzarek tocava as partes de baixo com a mão esquerda no recentemente inventado Fender Rhodes bass keyboard (uma variação do sobejamente conhecido Fender Rhodes electric piano), e os teclados com a mão direita. No entanto, o group usava baixistas como Jerry Scheff, Doug Lubahn, Harvey Brooks, Kerry Magness, Lonnie Mack, e Ray Neapolitan nas gravações em estúdio.

Um dia, Morrison e Manzarek passeavam numa praia da Califórnia, passaram por uma mulhar negra, e Morrison escreveu a letra de "Hello, I Love You" numa só noite, referindo-se a ela como a "dusky jewel." (Alguns criticaram a canção pela sua semelhança com o hit dos The Kinks' de 1965 "All Day and All of the Night," tendo mesmo o vocalista principal dos The Kinks', Ray Davies, processado judicialmente os The Doors. Assim era Morrison.



Em 1966 o grupo tocava no The London Fog club tendo rapidamente subido para o prestigiado clube Whisky a Go Go, onde foram descobertos a 10 de Agosto pelo presidente da Elektra Records, Jac Holzman, que depois levou o produtor Paul A. Rothchild, e a 18 desse mês assinavam contracto com a Elektra Rcords, iniciando assim uma parceria de sucesso com Rothchild e com o engenheiro de som Bruce Botnick. Bem a tempo, pois a 21 desse mês eram despedidos depois de uma profana actuação da música "The End". Num incidente que iniciaria a controvérsia que acompanharia sempre o grupo, um Jim Morrison a tripar berrou numa "Èdipa" parte da canção "Mother? I want to... FUCK YOU MAMA!!!".

É esta a música que lhes deixo aqui hoje. Como devem calcular, os Doors foram, são e serão um dos GRANDES grupos da minha vida. Esta música é a da abertura do filme "Apocalypse Now", entrando também no jogo para PC "Operation Flashpoint". Uma das mais famosas covers desta belíssima peça musical é a cantada por Nico acompanhada somente por Brian Eno nas teclas no álbum June 1, 1974. Durante a minha (curta) vida musical, toda a gente era unânime em considerar que o meu estilo de tocar baixo era muito "Doors". Este vídeo é de uma actuação em Toronto para uma televisão (não descobri mais nada sobre ele).

Enjoy
The Doors - The End


This is the end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end


Of our elaborate plans, the end
Of everything that stands, the end
No safety or surprise, the end
I'll never look into your eyes...again


Can you picture what will be
So limitless and free
Desperately in need...of some...stranger's hand
In a...desperate land

Lost in a Roman...wilderness of pain
And all the children are insane
All the children are insane
Waiting for the summer rain, yeah


There's danger on the edge of town
Ride the King's highway, baby
Weird scenes inside the gold mine
Ride the highway west, baby


Ride the snake, ride the snake
To the lake, the ancient lake, baby
The snake is long, seven miles
Ride the snake...he's old, and his skin is cold


The west is the best
The west is the best
Get here, and we'll do the rest


The blue bus is callin' us
The blue bus is callin' us
Driver, where you taken' us


The killer awoke before dawn,
he put his boots on
He took a face from the ancient gallery
And he walked on down the hall
He went into the room where his sister lived, and...then he
Paid a visit to his brother, and then he
He walked on down the hall, and
And he came to a door...and he looked inside
Father, yes son, I want to kill you
Mother...I want to...fuck you


C'mon baby, take a chance with us
C'mon baby, take a chance with us
C'mon baby, take a chance with us
And meet me at the back of the blue bus
Doin' a blue rock
On a blue bus
Doin' a blue rock
C'mon, yeah


Kill, kill, kill, kill, kill, kill


This is the end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end


It hurts to set you free
But you'll never follow me
The end of laughter and soft lies
The end of nights we tried to die


This is the end



segunda-feira, novembro 20, 2006

Transgender Day of Remembrance/The Gift - "Driving You Slow"

O Transgender Day of Remembrance existe para honrar e relembrar aqueles/as que foram assassinados devido a transfobia ou preconceito. O evento acontece em Novembro em honra de Rita Hester, cujo assassinato a 28 de Novembro de 1998 iniciou o projecto "Remembering Our Dead" (um site com informação sobre transgéneros assassinados) bem como uma vigília em São Francisco em 1999. O assassínio de Rita Hester — como a maioria dos casos de assassinato anti-transgénero — ainda não foi resolvido.

Embora algumas pessoas relembradas durante o Transgender Day of Remembrance possam não ser identificadas como transgéneros — como transexual, crossdresser, travesti ou outra variante de género — cada uma foi vítima de violência baseada no preconceito contra as pessoas transgénero.

Vivemos em tempos extremamente sensíveis à violência baseada no ódio, especialmente desde os acontecimentos de 11 de Setembro nos EUA e 11 de Março em Espanha. Mesmo assim, ainda agora as mortes baseadas no ódio anti-transgénero ou no preconceito são em grande parte ignorados. Nesta última década, mais de uma pessoa por mês morreu devido a transfobia ou preconceito, sem ter em conta qualquer outros fatores da sua vida. Esta tendência não mostra nenhum sinal de diminuir.

O Transgender Day of Remembrance serve vários propósitos. Alerta a consciência pública sobre crimes de ódio contra as pessoas transgénero, uma acção que os meios de comunicação actuais não executam. Lamenta, recorda e honra publicamente a vida dos nossos irmãos e irmãs que de outra maneira talvez fossem esquecidos. Pela vigília, expressamos amor e respeito para com os nossos perante a indiferença nacional e o ódio. Lembra as pessoas não-transgénero que nós somos os seus filhos, filhas, pais, amigos e amantes. O Transgender Day of Remembrance também dá uma possibilidade aos nossos aliados de avançarem connosco e participarem nas vigílias, comemorando aqueles de nós que morreram por transfobia.

Este dia sempre foi sistematicamente ignorado por todas as associações ditas LGBT em Portugal.

Este ano, infelizmente, temos uma morte portuguesa a lamentar. Gisberta Salce Júnior, barbaramente assassinada em Fevereiro deste ano. Apesar de terem existido mais antecedentes, nenhum deles teve a atenção mediática que este teve. E para que a sua morte não tenha sido em vão, será necessário que este dia começe também a ser comemorado em Portugal.

Há que encorajar os estudantes para que organizem eventos que sejam espaços para conversas sobre a necessidade de proteger alunos transgéneros contra a discriminação e assédio baseados em identidade/expressão de género. De uma simples vigília, a assembleias, que sejam encorajados a organizar acontecimentos em escolas através do país.

Para que o nome de Gisberta não seja esquecido.

Eduarda Santos, Transexual Feminina



"É uma vergonha que em pleno séc. XXI tanta gente, tanto ser humano, seja morto desta(s) forma(s). Basta começar a ler a listagem, onde consta a causa da morte, e o meu (nosso) estômago revolve-se."
[Lara Crespo, Transexual Feminina, 20/11/06]


Como uma pobre maneira de homenagear tod@s, tanto os mortos como os vivos, fica o vídeo dos The Gift "Driving You Slow", com a actuação de Luna.

terça-feira, novembro 14, 2006

Os filmes da minha vida 5: The Terminator


The Terminator, ou O exterminador implacável (O exterminador do futuro no Brasil), é um filme de ação de ficção científica, em que um ser cibernético (tecido vivo por cima de um esqueleto de andróide) com inteligência artificial, designado Cyberdyne Systems Model 101 - 800 Series Terminator (interpretado por Arnold Schwarzenegger), é transportado no tempo, de 2029 até ao dia 12 de Maio de 1984, com o objectivo de alterar o curso da História e consequentemente o Futuro.

O que à partida não passaria de uma produção de baixo orçamento e condenada ao esquecimento, tornou-se num dos filmes mais famosos da história do Cinema, não só pelos seus efeitos especiais inovadores, mas pelo seu argumento original e inventivo. Este sucesso, deu origem a duas sequências, tornado a série uma das mais rentáveis de sempre, e permitiu a Arnold Schwarzenegger atingir o estrelato e o reconhecimento da crítica pelo seu papel como Exterminador, abrindo novas oportunidades não só ao realizador
James Cameron, mas aos restantes actores como Linda Hamilton, Michael Biehn, Bill Paxton, Paul Winfield e Lance Henriksen.

Realizado em 1984, o primeiro filme desta série, intitulado The Terminator, foi escrito (em colaboração com Gale Anne Hurd) e realizado por James Cameron.
As continuações ao filme,
O Exterminador Implacável 2 - O Julgamento Final e O Exterminador Implacável 3 - A Rebelião das Máquinas, desenvolveram ainda mais a história original e exploraram as implicações éticas da inteligência artificial bem como o significado da alma humana. Este último filme, foi realizado por Jonathan Mostow, que anunciou a realização de um quarto filme. A concretizar-se poderá ser o primeiro sem Schwarzenegger no papel de Exterminador.

O filme contem um exemplo de um
paradoxo temporal. A missão do Exterminador, como ordenada por Skynet, era voltar atrás no tempo e matar Sarah Connor, assim prevenindo John Connor de ser o líder das forças de resistência que destruiria o mesmo Skynet. No entanto, se o Exterminador não atacasse a esquadra tentando cumprir a sua programação, Kyle Reese (pai de John) teria sido mantido separado de Sarah Connor e John Connor (objetivo real do Skynet) não teria nascido. Este paradoxo também pode ser visto da seguinte maneira: se as máquinas não tivessem tentado impedir o nascimento de John, ele nunca teria nascido (Kyle Reese nunca teria viajado ao passado e nunca teria gerado John com Sarah Connor). Delicioso este paradoxo, não?

Três dos actores que aparecem em The Terminator (Michael Biehn, Lance Henriksen e Bill Paxton) também entraram no filme Aliens, também realizado por Cameron.

Espero que apreciem o trailer deste excelente filme (apesar do paradoxo temporal, na minha opinião)...