quinta-feira, outubro 19, 2006

Uriah Heep - Lady in Black


" Então formaram-se umas nuvens escuras e densas no céu. A terra escureceu e tudo que existia nela silenciou. Fugazmente, como que a aclarar uma garganta, a claridade de raios aparecia e desvanecia no interior das tenebrosas nuvens.

Então ouviu-se a voz, profunda, trovejante, como que a explodir de raiva: 'Então meu panilas gordo de merda, com que então achavas-te no direito de amar alguém? AHAHAHAHAH' riu-se a voz com um riso cheio de raiva e desprezo.

'Sua coisa suja e nojenta, arrogaste-te a um direito que nunca tive a intenção de te dar, seu corpo de badocha. Agora e para que aprendas, vou-te tirar tudo. Só te restarão as memórias do que tiveste a pretenção de desejar mas nunca tiveste. E fiz-te ver muita coisa que te feriu de propósito, para que sofras eternamente com essas lembranças. Vais acabar só, e muito vou gozar com a tua solidão, longe de quem amas. Para que entendas de uma vez por todas que o amor não serve para nada a não ser trazer dor e sofrimento a alguém. Fica aí e sofre, verme abjecto e nefasto. Sofre com o teu amor, com a tua dor, enquanto o teu nirvana é feliz nos braços de outrém'

Um trovão enorme ressuou como que vindo das profundezas da terra, ou mesmo dos infernos enquanto um raio gigantesco iluminava tudo com uma cegante inundação de luz.

Quando finalmente consegui ver alguma coisa através de um rio de lágrimas que teimava em inundar os meus olhos, já tudo estava normal. As nuvens tinham desaparecido e um suave luar da docemente iluminava a minha solidão. Ainda sabia quem era. A mulher de negro..."

Extracto de um livro que ainda há-de ser