quarta-feira, setembro 13, 2006

Janis Joplin - Piece of my heart



De Joplin ficou a voz poderosa, sensual e distintiva -- o som agreste e raspante dela, era significativamente divergente do soft folk e estilos jazz - influenciados que eram comuns na ocasião entre muitos artistas brancos -- como também para os temas líricos dela de dor e perda. Para muitos, ela personificou aquele período dos anos 60 quando o som de São Francisco, junto com a sua estranha maneira (então considerada) de vestir e o estilo de vida sacudiram o país. Muitos fãs de Joplin lembram-se da aparição dela no Dick Cavett Show com um obviamente deleitado Dick Cavett. É mencionada no livro, "Small Steps", uma sequela para o romance de sucesso, "Holes". A autenticidade da personalidade dela sempre apareceu em entrevistas de imprensa, para melhor ou pior.

Foram negligenciadas as contribuições de Joplin para o idioma rock por muito tempo, mas a importância dela é agora mais amplamente apreciada, em parte graças à recente libertação do longo, nunca antes visto, documentário "Festival Express" que a captou no seu melhor. O estilo vocal de Janis, os seus vestidos extravagantes, a sua franqueza e sentido de humor, a sua posição livre (política e sexualmente) e o estridente, duro-vivo estilo "um da malta" combinaram-se para criar um tipo completamente novo de persona feminina no rock.

Pode ser discutido que, antes de Joplin, havia uma tendência para artistas populares femininas brancas a solo serem enclausuradas para alguns papéis amplamente definidos — a suave guitarra dedilhada 'folkie' (Judy Collins, Joni Mitchell), a virginal 'deusa popular' (Doris Day, Rosemary Clooney) ou a fresca, elegantemente vestida chanteuse (Dusty Springfield). Como uma das primeiras mulheres a liderar uma banda de rock, Joplin seguiu o precedente fixado pelas contrapartes masculinas brancas, adoptando a imagem, reportório e estilo de desempenho dos blues americanos, africanos, homens e mulheres. Com isto, Joplin era pioneira na redefinição do que era possível para cantoras femininas brancas na música popular americana.



Ao lado de Grace Slick dos Jefferson Airplane, ela abriu caminho a toda uma gama completamente nova de expressão para mulheres brancas no macho-dominado mundo pós-Beatles. Também é notável que, num tempo muito curto, ela transcendeu o papel de "cantora feminina" que lidera uma banda de homens, para ser uma estrela a solo internacionalmente famosa por seu próprio direito.

Em termos de imagem visual, Joplin é também notável como uma das poucas artistas femininas da época a usar calças regularmente, em vez de saias ou vestidos. Outra marca registada eram os cabelos extravagantes, incluindo frequentemente tiras coloridas e acessórios como lenços, contas e penas, um estilo notavelmente em conflito com o 'regulamento', ou perucas usadas pela maioria das cantoras femininas. É notável que ela é provavelmente a única estrela pop-rock feminina da época que nunca usou maquilhagem — algo que era muito estranho numa época em que o usar maquilhagem era rigueur para artistas femininas.

Fizeram-se comparações entre Joplin e o seu contemporâneo Jimi Hendrix (com quem houve rumores que ela teve um caso num WC), que foi catapultado para a fama pelo seu aparecimento em Monterey, com uma breve e próspera carreira, e que morreu de causas relacionadas com droga com poucas semanas de diferença de Joplin, também com 27 anos.

Joplin também foi comparada com Jim Morrison, outro contemporâneo que morreu com 27 anos depois de uma carreira próspera e cheia de drogas. Ela e Morrison supostamente também tiveram um caso.

Janis foi-se, muito cedo na minha opinião pois ainda teria imenso para dar, e levou "a piece of my heart" com ela. Em contrapartida deixou-me uma "piece of her heart".

R.I.P.


3 Comments:

Blogger Vanessa Mayumi said...

Nao eh uma incrivel coincidencia que Janis Joplin, Jimi Hendrix e Jin Morrison morressem sob as mesmas circunstancias, os tres da mesma profissao e por incrivel que pareca, nomes que com a mesma inicial: "J".

sexta-feira, outubro 10, 2008 3:09:00 da tarde  
Blogger Unknown said...

oi tubo bem? meu nome e ary do brazil gostaria de falar que gostei muito.

sábado, outubro 11, 2008 4:28:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

como eu, tens um fascínio por esse extraordinário ser humano; extraordinário porque colocava a alma no que mais gostava de fazer em vida: cantar.
de ser forte através de suas atitudes irreverentes de 'contracultura'.
você mostra que tem profundo conhecimento do panarama musical daquela época

domingo, novembro 16, 2008 11:15:00 da tarde  

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